A vinda do segundo filho

Olá pessoal,

É muito comum blogs de maternidade falarem sobre a maternidade real ou desromantizar a maternidade , mas as vezes os textos são voltadas para um público que procura essa informação.

Houve um breve período em que eu desejei ter um blog materno, mas vi que não tinha vocação para isso, o que gosto mesmo é do que eu vou fazer agora, dar um susto , pegar desprevenido quem nem sonha em ser mãe ou pai.

Falar sobre minhas experiências nada românticas (claro que me derreto quando do nada vem com uma frase fofa, principalmente quando dita errada, um gesto inesperado de carinho) Mas nem sempre é fácil. Talvez você tenha ouvido sua mãe dizer :" Quando tiver seus filhos você vai entender." é verdade, entender, entender mesmo só conseguimos quando nos tornamos pais .

 Minha intenção não é preparar ninguém para a maternidade, até por que eu ainda estou aprendendo, mas é para mesmo aqueles que não desejam ter filhos tornem-se mais empáticos . Minha empatia só veio com a experiência. Quando sofri meus primeiros julgamentos maternos eu pensava :" Eu mereço!" Pois já tinha feito aquela mesma cara feia diante da birra de uma criança alheia, sem ter a menor noção do que aquela mãe estava passando.

Hoje estou grávida do meu segundo filho biológico,tenho uma filha de 3 anos e meio e um enteado de 16 anos, tem um post sobre ele AQUI

Então meus primeiros julgamentos maternos começaram como  madrasta. Quando meu marido e eu nos casamos meu enteado tinha 8 anos, e nossa relação era muito boa, apesar de eu não ter afinidade natural com crianças na época sempre nos demos super bem. Quando eu expressava para os outros meus sentimentos de mãe pelo meu enteado,sempre era contrariada dizendo que quando eu tivesse meus filhos eu veria que era diferente. Nunca desejei ocupa o lugar de mãe,sempre aceitei meu lugar como terceira opinião, mas meu coração já havia adotado ele como filho. Hoje,com 16 anos é um ótimo adolescente e nossa relação é muito mais de amizade, as vezes parecemos até irmãos, pois ele implica comigo e eu sou muito chata com eles, as vezes. rs. E isso lembra minha relação com minha mãe.

Depois de 3 anos de casamento meu marido e eu resolvemos ter mais um filho, então descobri o que é ter que segurar a onda da maternidade, realmente é diferente do que ter um enteado, mas não sobre o amor, mas sobre a responsabilidade, não sou mais coadjuvante nas decisões, na maioria das vezes sou a protagonista e a que tem a primeira opinião, o que me levou a refletir sobre carga mental.

Crio minha filha com liberdade de expressão, respeitando suas vontades, o que é diferente de fazer a vontade dela. Damos limites, mas sem ignorar seus sentimentos.As vezes cometemos o erro de esperar uma maturidade nas crianças que na verdade mais parece um adestramento ao invés de ajuda-las a amadurecer o que sentem.

Não faço promessas que não possa cumprir, não gosto de jogar com a confiança dela.

Papai Noel entrou na história esse ano ,partiu dela, então juntei os tios e o avô para rachar o presente, assim seria apenas um presente.

As vezes grito sim, as vezes perco a paciência, as vezes me escondo no quarto para mexer no celular ou para ficar um pouco sozinha, pois além de mãe sou uma mulher, sou humana. Sim, as vezes largo um celular ou um desenho na TV para conseguir fazer algo, mas minha maior preocupação é que ela tenha o meu tempo com qualidade. Volto a ser criança, uma criança sedentária, pois as vezes não aguento meia hora do pique da Malu.rsrs.

E agora esta vindo o Rael, quando descobri senti culpa pela minha filha, no espaço que ela teria que dividir, em como ela sentiria minha falta, pois o amor dobra, mas o tempo não. E essa culpa dolorosa foi necessária para eu focar em administrar isso durante a gravidez, hoje estou com 6 meses de gravidez, quando compro algo do Rael faço questão de mostrar para a Malu, ela fica encantada , eu pergunto de quem é, ela diz que é do neném, e abraça minha barriga e começa a falar que vai me ajudar. As mudanças no comportamento dela é um grude maior comigo, uma necessidade maior de ficar comigo e permito isso, pois realmente o tempo será escasso. E já temos uma organização aqui em casa para quando o bebê chegar, o pai estará aqui para não faltar atenção a ninguém.

A maternidade me faz questionar muitas das minhas idéias, quero sempre ser melhor para meus filhos, mas não quero ser um ser perfeito. Quero que elas tenham amor e queiram passar esse amor ao mundo.

P.s.: Esse post estava no rascunho desde 2019, não por qual motivo não publiquei. Estava assistindo "De volta aos 15, pensando na minha adolescência, onde os blogs fizeram parte e vim aqui, não viajei no tempo igual na série, mas viajei também. :)


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